Nos últimos dez anos, o Brasil registrou um aumento preocupante nos casos de feminicídio. Desde a tipificação desse crime em 2015, foram contabilizados pelo menos 11.859 assassinatos de mulheres por razões de gênero, conforme dados do Ministério da Justiça. A taxa anual de feminicídios quase triplicou nesse período, passando de 535 casos em 2015 para mais de 1.200 em 2024. Especialistas apontam que o crescimento está relacionado tanto ao aumento da violência contra a mulher quanto à maior eficiência na identificação e registro desses crimes.
A Lei do Feminicídio, sancionada durante o governo Dilma Rousseff, estabeleceu penas mais severas para assassinatos motivados por razões de gênero. No entanto, mesmo com o endurecimento da legislação, o número de vítimas continua a crescer. Em 2024, mais de 37 mil pessoas foram assassinadas no Brasil, das quais mais de 1.200 eram mulheres mortas em contexto de feminicídio. Pesquisadores indicam que a dependência financeira, o medo de represálias e a esperança de mudança do agressor ainda são barreiras para que muitas mulheres denunciem a violência doméstica.
Apesar dos esforços de entidades governamentais e organizações da sociedade civil, a implementação de políticas públicas efetivas ainda enfrenta desafios. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública defende a ampliação de delegacias especializadas e centros de acolhimento para mulheres em situação de risco. Além disso, campanhas educativas e investimentos em proteção social são considerados fundamentais para reverter esse cenário.
A violência de gênero no Brasil permanece como uma questão urgente, exigindo maior prioridade do Estado e da sociedade. Embora o aumento no número de registros possa indicar uma maior conscientização sobre o problema, a necessidade de ações concretas para reduzir a impunidade e garantir a segurança das mulheres ainda é um desafio central.
Fonte: Notícia produzida com auxílio de IA.